Entenda o ciclo de vida de um projeto ambiental bem-sucedido: foco no Gerenciamento de Áreas Contaminadas
O crescimento urbano e industrial acelerado no Brasil, especialmente nas últimas décadas, gerou uma série de danos ambientais. Entre eles, destaca-se a contaminação do solo e das águas subterrâneas — um problema que exige soluções técnicas e sustentáveis.
Neste contexto, o Gerenciamento de Áreas Contaminadas (GAC) tornou-se uma prática essencial para garantir a segurança ambiental, a saúde pública e a regularização de empreendimentos.
O GAC é um conjunto de ações técnicas, legais e administrativas voltadas à identificação, investigação, avaliação de risco, remediação e monitoramento de locais contaminados, conforme definido pela CETESB e outras autoridades ambientais. Ele visa a proteção da saúde humana, dos ecossistemas e a reabilitação de áreas para usos futuros, sempre em conformidade com a legislação ambiental vigente.
Segundo levantamento da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), o estado registrava, até julho de 2025, mais de 7.000 áreas contaminadas e reabilitadas identificadas, sendo que aproximadamente pouco menos da metade delas estavam em processo de reabilitação ou monitoramento.
Desse modo, neste post, você vai entender como é o ciclo de vida de um projeto ambiental bem-sucedido, com foco nas etapas do GAC, suas exigências legais e as melhores práticas para alcançar resultados eficientes e duradouros.
Etapas do ciclo de vida de um projeto de GAC
Um projeto de gerenciamento ambiental bem estruturado segue um conjunto de etapas organizadas e complementares.
A seguir, exploramos o ciclo de vida de um projeto de Gerenciamento de Áreas Contaminadas com base em diretrizes técnicas reconhecidas nacional e internacionalmente:
Avaliação Preliminar (Fase 1)
Essa etapa consiste em identificar possíveis fontes de contaminação com base em dados históricos e atuais do uso da área. São analisados documentos, entrevistas com responsáveis, imagens aéreas e inspeções visuais no local.
A Avaliação Preliminar permite a classificação da área como suspeita ou não contaminada, além de subsidiar decisões sobre a necessidade de investigação mais aprofundada. Segundo a norma ABNT NBR 15.515-1, essa é uma etapa obrigatória para qualquer estudo posterior.
Investigação Confirmatória (Fase 2)
Caso a área seja considerada suspeita, parte-se para a investigação confirmatória, que envolve a coleta e análise de amostras de solo e água subterrânea. O objetivo é verificar a presença de substâncias químicas de interesse (SQIs) e confirmar ou descartar a contaminação.
As análises são feitas com base em padrões da legislação, como os valores de referência da CETESB e os parâmetros estabelecidos pelo CONAMA. Essa etapa é essencial para validar a existência de contaminação e dimensionar a necessidade de medidas corretivas.
Investigação detalhada
Uma vez confirmada a contaminação, inicia-se a investigação detalhada, que busca mapear com precisão a extensão, concentração e dinâmica da contaminação.
Também, tem por objetivo caracterizar o meio físico, quantificar as massas de substâncias, considerando as diferentes fases em que se encontram, além de caracterizar os cenários de exposição necessários à realização da Avaliação de Risco.
Avaliação de risco à saúde humana
Com os dados da investigação detalhada, realiza-se a Avaliação de Risco, que visa estimar os potenciais impactos da contaminação para diferentes receptores (adultos, crianças, trabalhadores, fauna, flora).
Essa avaliação identifica cenários de exposição e estabelece os níveis aceitáveis de risco para conduzir ações de remediação. O estudo acompanha padrões de toxicologia, exposição e parâmetros de risco estabelecidos por órgãos como USEPA e ANVISA.
Elaboração e implementação do Plano de Intervenção
O Plano de Intervenção define as estratégias corretivas a serem adotadas para tratar a área contaminada. Isso pode incluir:
- técnicas de remediação (ex.: biorremediação, bombeamento e tratamento);
- medidas de controle de exposição;
- reutilização segura da área;
- restrição de uso, quando necessário.
A escolha da tecnologia deve considerar eficiência, viabilidade técnica e econômica, tempo de execução e o impacto ambiental. Pois, todo o processo precisa ser submetido à aprovação dos órgãos ambientais competentes.
Remediação
Com o plano aprovado, inicia-se a execução das medidas de remediação. Essa etapa pode durar meses ou até anos, dependendo da complexidade do caso. O processo é acompanhado por amostragens periódicas e relatórios técnicos que atestam os avanços da descontaminação.
A remediação deve reduzir os níveis de contaminantes a patamares aceitáveis ou eliminar os riscos identificados. Em muitos casos, a reabilitação da área é condicionada a limites específicos de uso futuro (ex.: comercial, industrial ou residencial).
Monitoramento para encerramento
Mesmo após o encerramento das ações de remediação, é necessário manter o monitoramento da área por um período estabelecido. O objetivo é garantir a estabilidade do local e certificar que não haja volta da contaminação ou riscos residuais.
Esse acompanhamento é essencial para garantir a segurança do local e viabilizar sua reintegração ao uso econômico ou ambiental pretendido.
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O sucesso de um projeto de Áreas contaminadas depende diretamente da expertise técnica e da conformidade com a legislação ambiental. Possíveis erros nas etapas iniciais podem comprometer todo o processo, gerando altos custos e atrasos regulatórios.
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