Como adotar práticas ambientais responsáveis na sua empresa com foco em ESG
A adoção de práticas ambientais responsáveis nas empresas, no contexto dos pilares ESG (Environmental, Social, Governance), vai além de uma tendência — trata-se de um compromisso estratégico que gera impactos financeiros, sociais e de reputação positivos.
Assim, o pilar ambiental do ESG refere-se às ações que as organizações implementam para mitigar os seus impactos sobre o meio ambiente. Isso inclui o controle de emissões de gases de efeito estufa, o uso eficiente de recursos naturais (água, energia, matérias-primas), gestão de resíduos, conservação da biodiversidade, adaptação às mudanças climáticas, entre outros.
No Brasil, observa-se que 76,3% das organizações já atuam para reduzir recursos naturais, com 90,4% delas focadas em energia e 73,8% em água. Essas iniciativas demonstram o reconhecimento crescente da urgência das questões ambientais.
Portanto, neste artigo, vamos saber mais sobre essa realidade com dados atualizados, boas práticas, desafios e recomendações para as empresas que desejam avançar nessa jornada.
Por que adotar práticas ambientais responsáveis
Empresas que incorporam práticas ambientais conseguem, frequentemente, melhorar a sua reputação junto a consumidores, investidores e demais stakeholders. Segundo dados do Ipsos, 78% dos consumidores brasileiros preferem pagar mais por produtos de empresas com compromisso ambiental.
Além disso, as empresas que adotam agendas ESG de forma consistente tendem a ter um melhor desempenho financeiro de médio a longo prazo, com maior resiliência a choques de mercado, e acesso mais facilitado a financiamentos.
Desafios comuns enfrentados pelas empresas
Implementar práticas ambientais responsáveis não é um processo sem obstáculos. Entre os desafios mais citados estão os custos iniciais de investimento em novas tecnologias ou processos mais limpos, a necessidade de mudança cultural interna, a falta de dados confiáveis para monitoramento e reporte, além da complexidade regulatória.
Práticas recomendadas para o pilar ambiental: o “E” da sigla
Mapeamento dos impactos ambientais: identificar todas as áreas onde a empresa gera impactos, como as emissões, o uso de insumos, a geração de resíduos e consumo de energia e água a fim de priorizar intervenções.
Redução de emissões de carbono e pegada energética: investir em fontes renováveis de energia, tecnologias mais limpas, otimização de processos industriais e transporte sustentável. Exemplos bem-sucedidos de grandes empresas brasileiras mostram a neutralização parcial ou o compromisso claro de redução de carbono.
Gestão de água e resíduos: adotar sistemas de reuso de água, tratamento de efluentes, logística reversa, reciclagem e economia circular. Essas medidas não só reduzem os impactos ambientais, mas podem gerar economia de custos operacionais.
Proteção da biodiversidade e conservação ambiental: manter áreas reservadas, reflorestar, restaurar ecossistemas degradados, promover cadeias produtivas sustentáveis.
Transparência e reporte de indicadores: publicar relatórios ambientais com métricas, metas claras e progresso de forma periódica. Atender a frameworks reconhecidos, como padrões nacionais ou internacionais, por exemplo, além de requisitos regulatórios brasileiros e índices ESG da B3.
Incorporação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS): alinhar metas ambientais com os ODS da ONU pode ajudar a estruturar esforços, atrair parcerias e responder a expectativas de investidores e da comunidade local.
Integração com os pilares Social e de Governança: o “S” e o “G”
Embora o foco seja ambiental, ESG funciona como um sistema integrado. Dessa maneira, uma prática ambiental eficaz deve considerar os impactos sociais, como comunidades afetadas por empreendimentos ou pela poluição, por exemplo, e garantir que a governança da empresa permita responsabilidade, transparência e participação interna.
Exemplos brasileiros que inspiram
Entre as empresas mais bem avaliadas em rankings de ESG no Brasil estão a Natura, o Grupo Boticário e a Ambev. No ranking “Merco Responsabilidade ESG”, a Natura aparece em primeiro lugar, seguida por Boticário e Ambev. Esses grupos destacam-se tanto pelas iniciativas ambientais quanto pelos esforços de governança e engajamento social.
Benefícios concretos da adoção de boas práticas ambientais
As empresas que adotam práticas ambientais responsáveis podem usufruir de diversos benefícios.
Entre eles estão a redução de custos operacionais, com menos desperdício de recursos, menor consumo de energia e água, acesso a mercados internacionais mais exigentes, fortalecimento da marca, maior lealdade de clientes, melhor posição para captação de investimentos, e mitigação de riscos legais e de imagem.
Bem, como vimos até aqui, adotar práticas ambientais responsáveis dentro de uma estratégia ESG não é somente uma exigência ética ou regulatória, mas sim uma forma de garantir sustentabilidade de longo prazo, agregar valor, fidelizar clientes, atrair investidores, e contribuir para um futuro mais equilibrado.
Então, se você busca por um assessoramento especializado para implementar ou aprimorar as práticas ambientais responsáveis na sua empresa, a DIATECH Ambiental oferece consultoria completa com diagnósticos precisos e soluções adaptadas ao seu setor.
Entre em contato conosco para descobrir como podemos ajudar sua empresa a trilhar um caminho sustentável.